segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Vento

Sabes de onde vim
Lá de trás da planície
Me aproximei porque estavas em meu caminho
Óntem mesmo passei perto de seus amigos
Aonde você já esteve e nunca mais retornou

Eles ainda perguntam por você
Riam ao lembrar de uma adolescência atrapalhada, e você foi parte disso
Antes bermudas finas e desbotadas, agora ternos perfumados
Uma vez ou outra você encontra 1 em 1.000 na multidão
Essa multidão que você evita e que todos parecem fazer parte

Tudo crescendo e indo para frente, estou aqui para te contar tudo
Mesmo que eles não tenham acompanhado o seu rítimo... Você sempre teve seu lugar ali
Assim... Você chega a pensar: -"Eles não sabem por tudo o que eu passei e por que estou aqui me sentindo só"
Sim, você também não passou por todos os desafios que eles, sabe que todos têm problemas e contra-tempos
Só gostaria que continuassem como antes... Mas está tudo como teria que ser, exceto com você.

Todos buscaram a felicidade, e a solidão te buscou
Mas estou aqui, sou o vento do horizonte e estou aqui para dizer tudo o que perdeu e te guiar
Afinal tudo vai passar, tudo passa um dia... assim como seus amigos, você e minha companhia
Por que sou o vento
Apenas um rumor
Apenas um ânimo
O Vento



quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Escolhas

Para dizer que tenho escolhas, resolvi não tomar o café da manhã
Era certo que tinha cruzado a linha do tempo, mas ainda não esqueci
Temo que esse breve momento eu tenha que lamentar futuramente...
Pois vi que o que estava fazendo foi impulsivamente inocente e instintivo

Assim como quando escolhi não lamentar mais e "ser mais forte e desapegado", também deixei de observar quanta percepção havia no sentimento.
Aturdido e deslocado, preso e enjaulado
Pois eu tinha escolha, apenas algo de ruin, mas havia o que fazer!
Escolhi andar, pois estava cedo demais para chegar ao ponto de encontro, mais uma vez eu podia escolher mudar o relógio de 24Hrs para 12Hrs

Eu tenho sonhos, bem próximos, quase brincam ao redor como fumaça que ao mínimo toque se esvai
Era para manter o pulso firme e encorajar, fazer com que mais alguém faça
E antes que isso tudo vire uma farsa, já sei como termina, esse ciclo vicioso
Posso buscar sempre alguma coisa, tocá-la e até determinar como realizar os sonhos de consumo
Que essas mãos parecem lubrificadas... Onde "agarrar" sonhos se torna improvável

Então com orgulho tento dizer: "Eu tenho sonhos realizados sim, e com orgulho, afinal estão dentro de onde só eu posso ver"


sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Arte Digital- Antagonismo

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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Rítmo Letal

O Prólogo é suave
Apenas incisivo
Quando se sente o volume caindo é que se obtem o inesperado
Uma massa sonora que quebra por completo, barreiras de velocidade e torpor
Mas tudo segue um rítimo, e esse prossegue frenético e cambaleante

Palpitando, em frações de segundo sua vontade de destruição
Canalizando o ódio em dançantes tribais, talvez em volta da fogueira
Talvez para acender e incitar todo tipo de ação de choque
Ouvindo essa massa sonora que te arrasta pra perto e preenche suas necessidades básicas
Sonhar, dizer claro o que pode parece absurdo, abusar de sua liberdade
Espancando o que era vazio, repreendido e perturbador

A causa do silêncio e censura quebrados sem qualquer pudor
Encharcados de gordura e lama, rostos suplicam por libertação
Pelo motivo de ter nascido e não ter vivido
Essa década de ardor e desespero, esse combate barulhento e corrosivo
Em mais essa guerra fraticída



sábado, 3 de setembro de 2011

O Rumo da Neblina

Espere, estou escutando...
Quieto, silêncio!
Vêm de todos os lados, em intervalos regulares
Sentindo um tremor, dedos das mãos agora vacilante
Reprimindo o frio, congelando a alma
Era para estar lá, mesmo se sentindo vacilante
Mesmo que a passagem do tempo fosse algo cortante
Seus avisos silenciosos não me pegaram desprevenido

Acordei pensando no futuro, acordei pensando nisso
No que o vento frio me traria no inverno, sabia que seria difícil enxergar, mas fácil sentir
Como o frio cortante, a neblina sempre a mudar de direção
Vendo bem ao norte, outras vezes não
Vamos seguir a paisagem congelada, vamos seguir a sós

O vento frio me orienta ao caminho dá sepultura em congelamento
Sob a forma que nunca irei esquecer, as coisas mudam mas congelarei o que ficar bom com o passar dos anos...




terça-feira, 16 de agosto de 2011

Zona Proibida

Sabe quando você é apenas uma criança, quer saber de tudo que acontece...
Você tem uma curiosidade natural e todas as funções do saber lhe preenchem
Suas memórias, seu raciocínio, companhias eternas
Com o passar do tempo o conhecimento parece transbordar e passa a ser um processo doloroso, de caminho espinhoso
Olhos se fecham para não ver, a mentira que você conta pra si próprio, você regride, pois o caminho da lúz torna-se pavoroso
Quanto mais sabe, mais o mundo se torna perigoso e insolúvel... Sentindo-se cada vêz mais só, enquanto todos não queriam mais a busca por conhecimento, você continuou.
É tão difícil, e agora sabe o porque está sozinho e que ninguém mais quer seguir esse caminho, a partir de agora um caminho sem volta
É lógico que ninguém está preparado para "absorver", um ser humano não é uma esponja, tão pouco uma esponja secaria as águas do mundo!

Apenas permaneço pálido, com esse gosto ruin na boca, sonhos secos e desejos encharcados de problemas
Sabe qual o peso de se ter o que não pode carregar?
Tenho que extrair força, e não só informação, desse caminho que ando seguindo...
As vezes é preciso pensar seriamente, é possível conviver com a realidade atual?
Sei a resposta, não quero me iludir, nem deixar de buscar o que eu quero, mas agora sei o que é o desgaste e que nem sempre posso contar com as soluções que todos têm facilidade para se curar

Estou preso em meu local, nesta Zona Proibida
É duro saber até como acaba e o pior é saber que não terá continuidade...
Estou sendo sugado, e só eu posso me levantar